sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Amo ser Mulher

Não há um dia em minha vida que eu lembre de ter desejado nascer homem. Conheço muitas mulheres que já disseram isso, a sério ou por brincadeira. Mas eu mesma, sempre me agradei de ser menina, e então mulher. E mais especificamente nos últimos anos, quando comecei a prestar atenção em meu corpo (fisiologicamente, psicologicamente, espiritualmente e porque não historicamente) me tornei mais grata por ter nascido assim, ou melhor, por ter a oportunidade de me tornar mulher.

Há uma frase de Simone de Beauvior, citada pela nossa queridíssima futura psicóloga aqui que para mim, começa a fazer sentido.
Mas voltando ao assunto, sempre me interessei por assuntos polêmicos e que causam certo desconforto em muita gente (aborto, eutanásia, empoderamento, humanização). Juntando essa frase com tudo que tenho visto e estudado, eu diria que tornar-se mulher é empoderar-se.
Sim, eu amo ser mulher, eu acho lindo o corpo feminino, em sua forma bruta, com todos os “defeitos” que nos convenceram que temos, com todas as “dobrinhas desnecessárias”, eu amo cada parte do meu corpo, amo a forma como ele funciona tão perfeitamente como um reloginho. Tente estudar um pouco sobre o seu ciclo menstrual. Você percebe a forma maravilhosa e perfeita como funciona seu corpo (caso não faça uso de anticoncepcional). E percebe que é único, só o seu corpo funciona desse jeito. Quando você se empodera de si mesma, ninguém pode dizer que algo está errado com você, não há teoria médica que te convença do contrário, porque você entende que o seu corpo está sim funcionando. E isso não acontece com o homem, o corpo dele não evolui não se altera não se renova a cada ciclo. Só nos, mulheres, temos a graça de contar o tempo de uma forma única, em ciclos, e o seu ciclo não é igual o da sua amiga.
Me entristece ver mulheres se menosprezando, se moldando à cultura em que estão inseridas, comprando valores que qualquer um vende. Me entristece conhecer mulheres que passarão em branco por esse mundo, que não se aceitam, que não se amam, que pensam que seu corpo é um parque de diversões alheio, que precisa ser repaginado de tempos em tempos para contentamento dos clientes. Me entristece ver mulheres que pensam que um parto normal vai estragar o seu “parquinho”, que chamam sua vagina de “parquinho”, que não amamentam porque os seios são sexualizados e de propriedade exclusiva do parceiro. Me entristece ver mulheres que não influenciam positivamente o mundo, se antigamente por trás de um grande homem havia uma grande mulher, hoje somos vistas ao lado de grandes homens, é o nosso brilho que os sustenta. Hoje vemos famílias com diagramações completamente diferentes e felizes. Hoje, por exemplo, minha irmã pode fazer um curso em outro estado por um mês enquanto meus sobrinhos estão sob os cuidados do meu cunhado. Hoje mulheres são arrimo de família, e seus salários muitas vezes são o principal dentro de casa. Há alguns anos atrás, minha mãe se viu sozinha com quatro filhos, e nos criou muito bem obrigada, como mãe, mulher, trabalhadora e apegada, e presente. Hoje mulheres podem escolher ser mãe em tempo integral mesmo com todas essas possibilidades.
Viver é um eterno tornar-se. Eu acredito ainda que diariamente nos tornamos mulher. Quando questionamos, passamos por cima do sistema, da mídia, da publicidade, do photoshop e das cirurgias desnecessárias.
"Eu nunca vou me render. Vai contra a minha moral, a maneira que meus pais me criaram e o que eu considero ser a beleza natural." Kate Winslet (Liga Britânica Contra Cirurgias Plásticas)
Mudar a forma do meu corpo vai contra a minha moral também. E aqui cabe inclusive um relato que infelizmente não lembro onde li, mas em que uma mulher falava das estrias que nasceram em sua gravidez, e no carinho com que ela olhava para essas “marcas” deixadas pela gestação de um novo ser. Não há como ser mulher e não guardar cicatrizes, faz parte do tornar-se. Nossas cicatrizes mais profundas não são visíveis, e não aceitamos quando uma marca profunda aparece em nossa pele. Seja em forma de um cabelo branco, uma ruga, uma estria.
Sim, eu pinto o cabelo, mas não o faço para agradar a ninguém, comecei a pintar antes de ter cabelos brancos. Nunca deixei de cortar ou pintar meu cabelo por discordância de um homem. Meu corpo não é a tua sala de estar que tu decora como quiser. A minha natureza hoje é muito mais fêmea no sentido mais irracional da coisa. Acredito que o nosso corpo foi criado de uma forma perfeita e única.
Quando uma amiga começou a fazer academia ela me contou que o professor perguntou com quem ela gostaria de se parecer no final, qual era seu objetivo. Isso me levou a conclusão que ele se arrependeria muito de fazer uma pergunta dessas para mim, pois eu responderia que quero me parecer comigo, que meu corpo não me incomoda e meu único interesse na academia é me tornar mais saudável.
Sim, sou permissiva às vezes, faço muitos agrados para o meu parceiro, mas porque o amo. Esses agrados não me tornam menos eu, não me apagam. Já perguntei se ele concordava em eu cortar ou pintar o cabelo, mas não deixei de fazer algo que eu queria para satisfazer outra pessoa.
Não, eu não tenho o direito de julgar ninguém pelo que faz ou deixa de fazer. Não me acho mais mulher nem menos mulher que ninguém exatamente pela certeza que cada uma de nós é única. Assim como eu me sinto mulher fazendo as coisas como faço, talvez você precise de outras coisas, só me incomoda a falta de autenticidade, de criatividade e argumentos. Seja quem você é, mas não se minimize pelos outros. E se você discorda de mim, mas é bem resolvida, tenho certeza que esse texto não te incomodou.

P.S: Amiga, desculpa citar o blog abandonado, por favor não apaga ele nunca, ele sempre será atual e eu ainda leio e amo *-*

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Meu suco verde

Já que ontem eu falei do suco verde. Hoje vou explicar melhor.

Meu objetivo ao incorporar o suco verde à minha alimentação não é emagrecer, mas regular meu intestino que é meio chato e colocar alguma coisa saudável no meu café da manhã (acordo enjoada, chata e por isso é difícil eu tomar um café da manhã decente).
1º passo: eu faço cubinhos de clorofila no final de semana da seguinte forma: higienizo um maço de couve verde na água com vinagre; enxáguo bem, pico a couve e bato no liquidificador com meio copo de água; coloco a mistura triturada nas forminhas de gelo.
2º passo: diariamente coloco no liquidificador, três cubinhos de couve, suco de quatro laranjas e duas a três colheres de mamão picado (armazenamos algumas frutas já picadinhas na geladeira para facilitar o consumo). A nutri Carol do Saboridades (amo esse blog) indica ainda mais um ingrediente como você pode ver aqui. Eu tentei linhaça, mas não gostei e no fim deixei assim porque funciona para mim e o chá verde eu consumo gelado antes do treino.
Estou malhando 5x na semana, claro que eu sei que vou emagrecer, mas hoje meu objetivo é estar de bem comigo, com a minha saúde. Não gosto muito de malhar, mas gosto de correr e sei que para ter um melhor desempenho, preciso fortalecer minha musculatura e também perder peso. Além disso, eu e o Ric malhamos juntos e isso nos motiva, quando um não quer o outro incentiva vice-versa e compartilhamos um tempo legal juntos na academia já que ele trabalha todos os dias.
Minha alimentação por enquanto eu não mudei quase nada. O Ric cortou o refrigerante no final de semana, eu já quase não bebia agora que não bebo mesmo. E além do café da manhã eu só como menos no jantar porque não fico com muita fome depois de malhar, antes de malhar só água mesmo porque eu não consigo malhar se lanchar antes.
Basicamente é isso, hoje meu peso é 88 kg e minha altura é 1,70, portanto meu IMC está 30,4 indicando obesidade leve, eu sei que o ideal seria uma avaliação nutricional e tal mas no momento não estou a fim. Estou vestindo 44, que segundo a Meg Cabot, não é gorda (Haha, se alguém tiver o livro eu quero).

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Projetos 2014

Hoje acordei com sono. Muito sono. Eu sempre acordo com muito sono, mas fico feliz quando consigo fazer o que preciso pela manhã e isso sempre dá um ânimo extra para o meu dia. Há uma semana estou tomando um suco verde (couve, laranja e mamão), e além de me fazer despertar tem me feito um bem danado, regulando meu metabolismo e dando um gás pra academia.
Não, não estou em #projetoverão. Acho bobagem essa coisa de emagrecer no verão e engordar tudo de novo no inverno, além disso, eu sei que estou acima do meu “peso ideal”, mas estou de bem comigo, com meu corpo então não pretendo noiar ninguém com as minhas ideias.
Acontece que hoje meu suco ficou tão bonitinho na garrafinha que eu fotografei e quase postei com a tag #projetoverãoSQN (Haha). Pensei um pouco mais e juntei a isso uma ideia que andou por aqui na minha cabecinha no final de semana: porque é fim de ano, daqui a pouco vem retrospectiva e metas para 2014 e eu decidi que não vou esperar mais duas semanas para começar um projeto que eu já poderia ter começado, já que é um milagre eu começar alguma coisa na segunda-feira (#multipod).
Por isso decidi começar dois projetos pessoais nessa semana.
#umprojetoporsemana – a ideia aqui é fazer/completar algo que eu tenha em vista ou quero fazer há tempos. Pretendo fotografar semanalmente um projeto no qual esteja trabalhando naquela semana. Claro que isso pode acabar não acontecendo exatamente toda semana (até porque não sei ser radical mesmo, amo meu muro), e inevitavelmente terei projetos concomitantes em determinados momentos, mas só a ideia de começar um projeto novo me deixa tão feliz que eu vou enfrentar esse leãozinho (#multipodamil)
#emumano – esse talvez seja diário, ou na velocidade em que a minha mente estiver trabalhando (#multipoddelua). Eu pretendo escrever coisas que eu gostaria de estar fazendo daqui um ano, ou melhor, o que eu gostaria de estar fazendo agora se outros projetos já estivessem lá na frente. E como eu espero estar com muitos projetos a todo vapor no final do ano que vem, quero pensar em pequenas coisas que poderão acontecer de forma diferente. Por exemplo, enquanto eu pensava nesse post hoje cedo eu gostaria de estar correndo da praia. Então #emumano eu estarei correndo na praia.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pelo resto de sua vida

Essa frase sempre me assustou um pouco. Nunca consegui pensar em algo que eu gostaria de fazer pelo resto da minha vida, para falar a verdade não suportaria fazer nada por tanto tempo (presumindo que viverei ainda muitos anos), não aguento fazer a mesma coisa por mais de seis meses.
Li uma matéria hoje em que psicólogos dizem que os jovens mudam de curso porque não tem conhecimento suficiente sobre seu objeto de interesse. Discordo! Por experiência própria e de conhecidos também. Eu sei que não tenho conhecimento técnico para afirmar, mas por exemplo eu tinha conhecimento do objeto de estudo da administração, sabia onde estava me metendo. E percebo que nesse caso há mais variáveis que não identificamos superficialmente:
- Saímos do ensino médio com a missão de escolher uma única área para seguir. Eu sei que existem muitas pessoas que tem certeza do que querem e lidam muito bem com isso, mas também sei que muitas pessoas tem tantas habilidades diferentes que não fazem ideia do que querem fazer.
- Conhecemos vários cursos e acabamos decidindo pelo curso mais em conta (caso de uma amiga que queria engenharia e cursou letras), pelo curso com maior retorno em menor tempo (amiga que queria História e cursou Direito), pelo curso escolhido pelo local de trabalho (eu!!!). E quando optamos conhecíamos bem o curso, porém com o tempo começa a se tornar tedioso, cansativo e os benditos "e se's" começam a surgir.
- Nós somos seres em constante mudança. O que nos encantava há um ano atrás pode mudar de repente. Ou o meio que vivemos, as pessoas com quem interagimos, o mercado de trabalho e daí de novo você pensa "e se eu mudar (de novo)" rsrsrs
- Ensino Superior não é para todos. Não estou falando da questão social que está mais que sabida. Mas sim de uma questão pessoal. Algumas pessoas vão se tornar ótimos profissionais especialistas em determinadas áreas com um técnico ou um curso livre e vão se dar bem na vida. O que acontece é que se popularizou tanto o curso superior que as pessoas consideram obrigatório, mas isso não é verdade.
- Acabamos escolhendo o curso mais fácil de entrar e depois vemos no que dá. A primeira vez que mudei de engenharia para administração foi por esse motivo, entre outros. Eu não estava disposta a estudar para passar em engenharia.

Acho que esse assunto é muito mais extenso e complexo do que parece, há muitos fatores variáveis que envolvem uma escolha como essa, mas as pessoas ainda enxergam como algo simples. Tenho muitos amigos que sempre tiveram certeza do que queriam, desde muito novos, e se deram bem no fim das contas, mas nem todos temos esse privilégio.
Se você não tem certeza do que quer, não há nada de anormal nisso.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Então é Natal

Vou contar um segredo: Eu não ligo para o Natal! (#prontofalei)
Senta que lá vem história:
No jardim de infância minha professora contou para toda a classe que Papai Noel não existia, eu não lembro desse dia mas dizem por aí que eu achava normal meu pai desaparecer quando o Papai Noel aparecia e a particularidade do nosso Papai Noel ser cor de chocolate (minha mãe conta que cheguei em casa aos prantos). Desde que me lembro do Natal aqui em casa, meu pai se vestia de Papai Noel - e eu contava pras priminhas que era o Meu Pai.
Quando criança eu gostava do Natal, gostava de colocar o bebezinho na manjedoura, cantar e rezar em família, depois ir visitar a outra família, papai se vestir de Papai Noel e entregar os presentes, ganhar brinquedos e tal.
Com o tempo e especialmente depois que o meu avô de pai faleceu, isso foi se perdendo. Já não íamos ver a outra família, meus pais se separaram, minhas irmãs foram saindo de casa e com isso passamos a comemorar menos, cantar menos, e cada vez menos família reunida, seja pela distância, pelo medo de deixar suas casas vazias e chamar possíveis ladrões, enfim. Nos últimos anos já não tinha graça. Para piorar a minha visão do Natal, eu aprendi muito sobre o verdadeiro cristianismo e entendi que o Natal nada tem a ver com o nascimento de Cristo, assim como os símbolos usados remetem a rituais, deuses e símbolos pagãos de séculos atrás. Antes mesmo do nascimento de Jesus.
Isso me levou a ser um pouco radical e me excluir ano passado. Hoje tenho uma visão mais neutra. Sei que não é o nascimento de Jesus que estou comemorando e não vou usar essa data como muitas pessoas fazem: consumindo, distribuindo presentes e fingindo arrepender-se de tudo de errado que fez no ano. Mas entendo que é minha oportunidade de estar próxima da minha família. Passamos por um momento difícil que foi a perda do meu avô, e isso nos leva a refletir no quanto as pessoas significam para nós. Então, se minha avó é católica e vê sentido nessa data, é o momento de fechar um pouco os olhos e sorrir, por estar em família, por estar próximo de quem amo. Pois apesar das perdas sempre temos muito que comemorar.
Então esse ano será de disponibilidade e desligamento de radicalismos. Encontro e equilíbrio.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Denunciar...

Hoje ouvi na rádio uma propaganda sobre o trabalho infantil. E a chamada era: “Para acabar com o trabalho infantil, denuncie”. Afinal infância não é tempo de trabalhar e toda criança deveria estar estudando e brincando.


Recentemente, uma amiga postou no face uma situação muito comum. A vizinha gritava e o bebê chorava e ela sempre escutava algum barulho (a idéia é que a mãe estava agredindo o bebê de menos de um ano) e deixou o questionamento: O que eu faço?

A primeira resposta foi: Denuncie! Porém lendo outros comentários, percebi que essa postura não era unânime, um dos comentários era de uma mulher que havia passado pela mesma situação e ao invés de denunciar, foi lá e simplesmente abraçou a vizinha, em resposta a “mulher violenta” chorou, explicou o que vinha acontecendo e a partir dali se tornaram amigas, e as atitudes da vizinha melhoraram.

Quando ouvi o anuncio hoje na radio, fiquei pensando sobre o assunto e logo me lembrei do post. Afinal, de que adianta denunciar em um país como o Brasil? Penso que as pessoas denunciam pura e simplesmente para tirar o peso de suas costas.

Acho engraçado um povo que vendo um cachorro na rua, posta no face e comove a comunidade toda. Porém quando vê uma criança passa adiante, porque é comum, porque já estamos acostumados, “porque eu não sou mãe dela” O.o. Tenho visto tantas pessoas se movimentando pra arrecadar ração, tantas campanhas para adoção de cães, mas porque não temos as mesmas campanhas para adoção, visitas a abrigos, ajuda a comunidades que necessitam ou programas sociais?

Ok, Peter Singer me chamaria especista, mas atire a primeira pedra quem não é! Vamos lá!

Assumo minha posição enquanto especista, e concordo que também não faço muita coisa pra mudar essa sociedade. Não estou dizendo temos que acabar com as campanhas pelos direitos dos animais, até porque tem muito bicho mais humano que muitos homens que a gente conhece por aí.

Mas o que não entendo é como uma mulher surrar um cão pode gerar mais raiva e repercussão que um pai que estupra a própria filha. Acredito que em muitos casos a questão não é denunciar, repito: denunciar nos dá um senso de cidadania, de estarmos fazendo algo. No entanto eu acredito que na verdade, denunciar nos exime da culpa de não ter feito algo mais incisivo. Porque ao invés de denunciar, eu posso oferecer ajuda a essa família que coloca seus filhos para trabalhar, eu posso conversar com essa mãe que bate nos filhos, posso adotar uma criança se eu quero ter um filho e não me agrada a idéia de gestar e parir. E porque, denunciando, eu não posso ter certeza que essa criança terá uma vida melhor, ou oportunidades melhores. Porque confiamos nos abrigos de pessoas, mas não confiamos nos abrigos de cães? Porque nos sentimos mal por ver um cão para ser adotado e fechamos os olhos para tantas pessoas que também precisam de adoção (social, emocional, financeira)?

E muitas vezes o que as pessoas precisam não é que você as leve pra casa e alimente (se você pode fazer isso ótimo), mas um pouco de sensibilidade, deixamos de nos sensibilizar com o que acontece ao nosso lado. Não festejamos as vitorias das pessoas próximas, se um colega se dá bem no trabalho ficamos com raiva e com aquele sentimento de “porque não eu”. Não questionamos sobre como as pessoas estão. Trocamos o “Como vai” pelo “Tudo bem” induzindo a pessoa a responder tudo bem, não queremos iniciar uma conversa e realmente saber se está bem.

Tenho um vizinho que me pergunta “Como vai?” olhando nos olhos, questionando mesmo. Acho que o tempo de revermos nosso pensamento é sempre, mas já que as pessoas gostam do final de ano para olhar para trás e se arrepender de tudo que não fizeram, que tal olhar para frente e adquirir pequenos hábitos. Só por hoje!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Um ano é muito tempo

E o ano chega ao fim!
Mas, e aquelas metas? Planos? É, eu sei...
Em fevereiro escrevi esse post bonitinho contando sobre como meus planos estavam indo de vento em popa e blablablablablablawhiskassachet. E agora com o final do ano, é claro que a gente volta e vê que mais um ano se passou (e eu nem sequer ouvi falar seu nome♪) e no meu caso, as metas não foram alcançadas. Eu não regularizei minhas dívidas, não emagreci, não me tornei uma pessoa organizada.
Isso me lembrou de um dia na aula de inglês do cursinho em que meu professor falava sobre quanto tempo cabe em um ano. A teoria dele sobre o porquê das pessoas desistirem do cursinho é que um ano é muito tempo, muitas coisas acontecem em um ano. E se você parar pra pensar, é verdade.
Por exemplo, nesse último mês eu adquiri mais conhecimento porque decidi estudar sobre um assunto específico e me aprofundar. Isso mudou meu modo de ver muitas coisas, mudou meus planos e objetivos.
Indo mais longe, eu mudei. Hoje eu sou uma pessoa diferente de quem eu era há um ano atrás. Há um ano atrás eu convivia com outras pessoas, tinha outras objetivos, outro grupo de amigos, frequentei uma comunidade cristã e isso me levou a determinadas atitudes diferentes. Hoje eu já não frequento mais essa comunidade, não convivo com as mesmas pessoas, hoje moro com o namorido na casa da mamis, tenho um emprego diferente, tranquei duas faculdades em um ano e ainda não decidi o que vou fazer no próximo ano.
Acho que deu pra entender que o mundo dá muitas voltas em um ano e nossa vida muda, não há nada de errado em mudar, eu sempre tive essa convicção. Hoje estou em um momento mais introspectivo, me envolvendo comigo, me conhecendo psico e fisiologicamente, estou aprendendo o quão mágica é essa casca que nos envolve.
Se eu vou fazer planos para o ano que vem? Mas é claro! Afinal, mesmo que eu mude de caminho de novo, é importante ter uma luz no fim do túnel a percorrer. Sou controladora demais para deixar a vida me levar... ♪

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Extremismos

 
Daqui

Não sei se isso sempre foi assim, mas desde a onda de protestos que cercou o mundo (e não foi tema de redação do ENEM =p) tenho notado as pessoas extremamente extremistas (pleonasmo, é você!?) de suas opiniões. Isso me chateia um pouco, pois eu esperava que esse grande acesso e circulação de informação levaria as pessoas a abrir um pouco mais seu horizonte e enxergar além do próprio umbigo.
É uma tal de falta de informação pra tudo quanto é lado, pré conceitos escancarados que dá medo.
Confesso que tenho os meus, mas os mantenho em silêncio. Respiro fundo e sigo a vida, porque tem dias que melhor é calar do que discutir pra entender o real motivo da ignorância das pessoas.
Sou muito informada? Não!
Não curto assistir noticiário e de vez em quando dou uma olhada nas notícias pelo Google mesmo, ou pelas páginas de notícias do Face. E logo vem um extremista dizendo que eu sou uma ignorante e como vou fazer a diferença na sociedade se não souber o que tá rolando? Como vou fazer a prova do ENEM se não sei das notícias (e daí eu me preparo e eles me vem com aquele assunto furreca de cinco anos atrás???)
Não assisto novela há uns oito anos, desde que estava no segundo ano do ensino médio. Daí tem as fãs de novela que perguntam como tu vive sem novela? Ou aqueles comentários: Ah, ela é culta! Caraca! Eu tenho vida! Simples assim, só que se eu respondo isso to julgando quem assiste. sqn
Para mim é simples, meu namorido trabalha de segunda a segunda, eu lá vou perder meu precioso tempinho de ficar com ele assistindo novela? Além do que as novelas são tão horríveis e mal escritas quanto 50 tons de cinza (há). Se você leu, você pensou que eu não sei o que to perdendo, né!? Eu sei.
Ok, eu não assistia novela mesmo antes de casar, mesmo antes de estudar a noite e não ter tempo pra nada. E nesses tempos eu ainda tinha coisas melhores pra fazer, escrever, ler, caminhar, enfim.
Ah, também não assito BBB, nem Fazenda. Aliás, desde colocamos TV a cabo lá em casa, não assisto absolutamente nada na TV Aberta, e mesmo a Cabo é muito limitada a programação que eu assisto.
Fora isso eu não sei mais se farei faculdade, começo a pensar na ideia de fazer alguns cursos interessantes (tipo Steve Jobs!? o.O) que eu realmente tenho vontade de concluir e não só por um diploma. E daí mais uma enxurrada de o que será do seu futuro sem um curdo superior?
Honestamente, o futuro do mundo está mudando, até a Emma Watson já entrou pra lista das mais sexy. A forma como as pessoas vêem as coisas está mudando, nosso olhar sobre o mundo está diferenciado.
Mais uma prova é esse movimento pelo parto humanizado que vem crescendo. Sempre achei um absurdo essa história de cesárea eletiva, mamãe pariu 4 monstrinhos naturalmente e maninha pariu dois. Quem sou eu pra julgar quem escolhe fazer uma cesárea? Ninguém! Eu nem tenho filho. Mas não venha me dizer que você acreditou na conversa fiada do seu médico dizendo que era o mais seguro. Como dizem as ativistas: Médicos não são Deuses donos da verdade. Informação vai além.
Posso não assistir o noticiário, mas o que realmente me interessa e tem a ver com a minha vida eu procuro informação, porque ela tá aí gente.
Permitam-se abrir para o novo.
Desliguem a novela e vão conhecer coisas que realmente acrescentem às suas vidas.



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Maníaca Compulsiva



Lembro que uma vez eu li um blog sobre como as mulheres desejam que o homem tenha dupla personalidade (risos). Vou explicar melhor, nós necessitamos que nosso companheiro seja único com a gente, por isso aquela raiva quando ele abre aquele sorriso para uma colega do trabalho, ou quando ele faz todas as amigas (suas e dele) rirem. Convenhamos, meninas, por nós eles nem precisavam ter amigas, não é mesmo!?

Logo que li pensei em mim e poxa vida. Há cerca de dois meses atrás eu fiquei muito braba quando o Ricardo me falou de uma piada que tinha contado para uma colega. Fiquei imaginando como a gente acha legal quando um cara nos faz rir, e como ela devia pensar que ele é legal e etc. Quem nunca?

E conversamos e eu disse a ele que não gostava que ele fosse assim com outras mulheres. Adivinha o que ele respondeu? Sinto muito, mas eu sou assim. Ah, na hora me deu uma raiva.
Claro que na hora me veio na cabeça o tal do blog: Mas ele não entende que eu não quero que ele seja igual comigo e com todas as outras? Que eu preciso ser a única, a mais especial, mais querida, mais linda, bla bla bla. Bobagem!

Pois o fato é que o tempo passa, o tempo voa. Esquecemos dessas picuinhas e seguimos a vida. Mas ontem lá estava eu, viajando na batatinha, quando me dá um estalo! Mas tem um Ricardo que só eu tenho. E tem muito dele que é só pra mim, e ninguém nunca vai ter.

Tem um Ricardo que diz que eu posso fazer tudo o que eu quiser, e que me apóia. Tem um Ricardo que ama me ver sorrir e ser criança comigo. Tem um Ricardo que assiste minhas séries bobas. Tem um Ricardo que fica horas parado esperando por mim em casa, depois do trabalho, nas minhas consultas. Tem um Ricardo que cuida de mim e aceita todos os meus dramas. E tem o Ricardo que deu aquele estalo na minha cabeça. É um Ricardo que eu conheci há alguns meses, e sempre foi muito carinhoso comigo, mesmo que no início a gente pensasse que não ia dar em nada. E ele me surpreendeu quando eu cansada depois de longas horas em uma sala de espera, sentei em um ônibus, e ele em pé ficou acariciando meu cabelo e meu rosto e não saiu de perto um minuto, mesmo que cansado também, até mais que eu. E mesmo cansado ele chegou em casa e montou nossa cama nova, e me levou pra comer gordices. E mesmo cansado todas as noites ele não dorme se não me colocar no seu peito, ou entre seus braços. E ele acorda no meio da noite só pra me puxar pra perto. E me acorda de manhã com um abraço e um carinho. E mesmo atrasado me enche de beijos e atenção.

Lembra amor, quando eu te perguntei se tu seria sempre assim? Tu é mesmo.

Às vezes não vale a pena perdermos tempo com ciuminho e briguinhas à toa. É normal que aconteçam, mas não permitam que elas durem mais que alguns minutos. Esses minutos serão preciosos conforme o tempo passa e nosso tempo encurta. No fim, você vai olhar pra trás e contabilizar todas as noites perdidas por uma simples ervilha debaixo do colchão.
O fato é: se vamos nos entender de qualquer jeito. Se eu quero estar com ele todo o tempo possível, quanto tempo ainda vamos ficar longe por causa de uma bobagem? E quantos carinhos e palavras doces e planos podem ser perdidos nessas noites?

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Exercício de Criação - Gambiarra

Toda vez que saio atrasado penso em tudo o que poderia ter feito se tivesse acordado no horário previsto. Toda noite, antes de dormir, eu escrevo em pensamento toda a minha rotina matinal enquanto organizo o quarto, as roupas, verifico a previsão do tempo para o dia seguinte. Eu criei a minha rotina noturna, mas não consigo cumprir com a tão utópica rotina matinal.
Ontem foi o frio, hoje o resfriado. É desumano remover-se da cama às seis da manhã no inverno porto alegrense, mesmo que estejamos ainda no outono. E quem me dera que a primeira hora do dia se multiplicasse, e rendesse para todas as minhas tarefas matutinas. E eu teria um dia cheio de manhã, então me aventuraria a uma corrida na praça que não existe nas proximidades de onde vivo, abriria as janelas a admirar o jardim que não possuo, me espreguiçaria ao tomar o primeiro sol do dia, com os pés na grama desenhada no asfalto do corredor entre os prédios da cidade.
Eu me aventuraria a experienciar o contato com toda a criação divina, sentiria o aroma das flores do parque e me perceberia como uma pequena molécula deste imenso organismo. Teria um café da manhã repleto de tudo o que enche os olhos e aquieta o coração, acompanhado de uma doce melodia em espanhol – porque afinal, estudar é preciso.
E eu viajo por todo esse mundo paralelo enquanto espero pelo ônibus atrasado nessa manhã cinzenta, cercado pelas muralhas gris, a minha realidade é outra. Eu vivo em um apartamento estilo JK, com samambaias que descem desde a janela de minha querida vizinha de teto – não sou homem suficiente para matá-las, ou mesmo cortá-las um pouco. E sonho com um dia assim, feito de manhã, especialmente quando chego ao escritório depois do Sr. Alfredo, que diz que vivo nas nuvens e me faz promessas de demissão nunca cumpridas.
Vivo assim, uma vida metódica, simplista. Não tenho grandes pretensões nem mesmo um posicionamento crítico, ou um posicionamento qualquer. Vivo mesmo no meu universo particular, nos meus dias poéticos. Até que o Sr. Alfredo me desperte aos gritos, solicitando o último relatório mensal de despesas da firma.
Quem dera ele cumprisse com as suas promessas.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Então é Fevereiro, e o que você fez?

E então acabou Janeiro. Se foram trinta dias desse novo ano. Eu sei, eu sei, parece que foi ontem e ainda estávamos em 2012. Mas temos de encarar os fatos e o fato é que já se foi a 1/12 parte de 2013, e o que você fez?
Muitos de nós fizemos planos para esse ano, promessas, sonhos planejamentos. Há quem diga que o ano só começa após o carnaval, ou mesmo que só começa em Março. Mas eu não sou boba e não aceito jogar fora 1/6 do meu ano, nem da minha vida.
Hoje uma amiga postou um trechinho do livro "A Mulher V" - ainda estou meditando no primeiro capítulo e na sequência estarei escrevendo sobre isso. Mas o trecho diz o seguinte:
Muitas de nós amam o conforto, um lugar onde se sentem em casa, sem preocupações.... Apenas um casaco e pantufas. Deixam a vida lhes dizer onde ir e, por isso, não chegam a lugar algum. A mulher V é quem decide aonde vai. Ela sempre acha um jeito de chegar lá. QUANDO SOMOS INCAPAZES, ELE NOS CAPACITA.
Ou seja, se você quer alguma coisa tem que ir atrás, correr, ou não chegará a lugar algum.
No fim do ano de 2012,voltei a fazer meu planejamento como eu fazia antes (nos últimos anos planejei muitas falhas, afinal quem falha em planejar...) e não vou colocar aqui tudo o que planejei, mas olhando hoje fiquei feliz ao perceber que já estou a caminho de muitas coisas e, talvez, se não tivesse escrito isso, não o tornaria real.
Se você não fez seu planejamento 2013 eu aconselho, pois se não sabemos onde estamos indo, qualquer lugar serve. E se você fez um, vai lá dar uma olhada nele, e verificar se você está no caminho.

Eu no início do ano, planejando!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Chega!?

Fotografia: Fábio Eros
Há momentos em que o mundo me revolta mais do que o normal, não todo o mundo, desse eu já desisti, mas aqueles que deveriam estar fazendo mais, ou que afirmam estar fazendo mais.
Todos os dias vejo postagens nas redes sociais criticando "n" coisas diferentes, e concordo com muitas críticas, o complicado são os argumentos, sei que quem posta essas críticas são pessoas que não tem feito nada contra essa posição tão criticada.
Pessoas que criticam o sistema, mas nada fazem em sua comunidade, em sua casa, com seus próximos para que as consequências impostas pelo sistema se modifiquem. Não concordo com a qualidade da educação do Brasil, não concordo com o sistema judicial brasileiro, não concordo sobre como uma determinada rede de televisão manipula todas as informações e faz de lixo o cérebro do brasileiro. Mas também não fico esperando que toda a minha educação venha da escola, sempre fui atrás por conta própria e incentivo aos adolescentes com os quais trabalhei e conheço a serem mais críticos, pois nesse momento é o que está ao meu alcance e é melhor do que sentar diante do meu facebook e escrever uma linda crítica a presidenta. Ao invés de criticar aos policiais, ou o guarda de trânsito, eu faço o possível para não ir contra aquilo que a lei determina, e proteger o meu próximo dela. E se eu não gosto do que passa em determinada rede de televisão, acho que ela ofende a minha inteligência com seus programas, eu simplesmente não dou audiência, assim como não dou audiência para o futebol, ou o carnaval. Mas repense as suas atitudes antes de se autodeclarar contra alguma coisa e tenha argumentos bem fundamentados. Gosto muito quando as pessoas discordam de mim, uma boa discussão aguça a inteligência, nos faz usar a memória e nossa capacidade de persuasão, mas tenha argumentos e não venha dizer eu acho que é isso e ponto. Até uma criança de cinco anos já sabe porque ela não gosta de determinadas coisas.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Inspiração

Hoje gostaria de compartilhar um belo video inspiração.
Vamos deixar a nossa luz brilhar, dia após dia. O Espírito Santo precisa de você para se mover. Permita-se!

Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. 
Mateus 5:16





Conheça a tradução dessa canção!

Postagem n° 70

"Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete." 
Mateus 18:22
Eu não vou lhes desejar um Feliz Ano Novo. Simplesmente porquê um "ano" novo, não vai lhe trazer nada de diferente. Mais um janeiro, mais 365 dias, mais um ano de trabalho, estudo, perdas e ganhos.
Tudo de novo, um vez mais...
A invés de desejar um Feliz Ano novo, decidi lhe fazer uma proposta, não somente para você, mas vale para mim também, pois eu não quero um ano novo, quero vida nova e renovada.
Mas como alcançar aquelas promessas que fazemos todo fim de ano, como alcançar nossos sonhos, metas, objetivos? Fazendo diferente!
Vamos começar? Para fazer um ano realmente novo cheio de tudo o que desejamos, queremos, sonhamos.
Vamos fazer a diferença? Não se preocupe, não estou falando de grandes gestos, mas vamos começar a pensar em como somos afetados por nossos pequenos gestos? Como afetamos quem está ao nosso redor? A quem amamos? Ao nosso próximo?
O meu exemplo de hoje é bastante estúpido até, mas hoje eu decidi usar fio dental ao escovar os dentes. Meus dentes agradecem a limpeza, não tenho esse costume, então se começar a fazer diferente, logo me acostumarei com essa ação. Vamos tomar pequenas atitudes diárias?
Talvez fazer um penteado amanhã? Quem sabe dizer bom dia para o seu vizinho? Ele é chato? Diga assim mesmo! Faça diferente! Tenha atitudes diferentes e a certeza de que esse ano será diferente, não porque você trocou o calendário na parede, mas porque você decidiu. A sua atitude diante da vida começa com uma decisão! Vamos nessa?





* Não vou terminar a retrospectiva nesse momento, falaremos dela mais tarde ;-)


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